Inquérito

No fim da Fiarte foi pedido aos participantes (stands/espaços) que preenchessem um breve inquérito. Cerca de metade dos mesmos deram a sua colaboração respondendo aos diversos quesitos.

Todos elogiaram o espaço ocupado e a forma como este foi implantado na zona da Feira. Consideraram a limpeza eficaz e gostaram do atendimento e do apoio do secretariado e do voluntariado. Todos os participantes declararam ter gostado do certame em geral e apreciaram a abrangência das diversas actividades desenvolvidas.

Um dos  inquiridos mostrou-se crítico quanto à iluminação. Noventa por cento dos inquiridos mostraram-se agradados com o anuário e o catálogo da Feira.

Noventa e dois por cento dos inquiridos manifestaram-se interessados em realizar a pré-inscrição na próxima Feira.

Em relação ao preço das entradas, duração, datas e horários, verificou-se alguma controvérsia tendo sido registadas muitas sugestões que terão de ser ponderadas aquando da organização do próximo evento.

Relativamente à divulgação do evento pelos orgãos de comunicação social todos os inquiridos se mostraram insatisfeitos. Tal insatisfação é igualmente partilhada pela organização.

Se uma inciativa com a qualidade da Fiarte tivesse acontecido em Lisboa, teria tido as rádios e televisões e a imprensa escrita em formigueiro, conferindo-lhe a projecção que ela merecia. Tal não aconteceu com a Fiarte apesar de todo o esforço desenvolvido pela organização no sentido de dar uma ampla  informação do evento. Por outro lado faltou a almofada financeira imprescindível para poder recorrer à “compra” da divulgação que a Fiarte merecia (cada vez mais se "informa" o que alguém paga para ser "divulgado"!). Ficámos pela colaboração de alguns poucos, mas fiéis, orgãos de informação que sempre nos acompanharam a custo praticamente zero.

Uma outra dificuldade muito sentida pelos artistas plásticos, associações e escolas foi a péssima acessibilidade à Praça da Canção, particularmente hostil a quem não conhecia previamente a cidade e nos quis visitar durante o evento. Nunca será possível Coimbra adoptar a Praça da Canção como local cativante da cidade e zona de eleição para a realização de eventos, enquanto se mantiverem as péssimas condições de acessibilidade actualmente sentidas, que o Exploratório bem ali ao lado resolveu de forma funcional e descomplexada para aceder às suas próprias instalações. Tal dificuldade é bem traduzida nas palavras de Vítor Costa, um dos artistas plásticos que esteve presente na Fiarte e que viveu o drama dos visitantes e as dificuldades que obstaculizaram a livre utilização da Praça da Canção aquando da realização da Feira. Passamos a transcrever as suas palavras:

"… A Fiarte contou com a falta de apoio do «dono da Praça da Canção» que, em vez de colaborar com o evento cultural promovendo o seu sucesso e projecção, o prejudicou fortemente. A esmagadora maioria dos visitantes não encontrava a entrada da Fiarte, apenas porque o «dono da Praça da Canção» resolveu encerrar a cadeado a entrada da Feira junto às bombas de combustível, permitindo apenas a entrada junto à Ponte de Sta. Clara que as pessoas não encontravam, seguindo em frente em direcção à Portagem. Os autocarros eram obrigados a ir estacionar no parque do Exploratório, tendo o «dono da Praça da Canção» obrigado idosos e crianças a percorrerem a pé cerca de 1500 metros, à chuva, até à entrada da Feira. O «dono da Praça da Canção» não prejudicou a Fiarte, nem prejudicou os artistas, nem prejudicou a Câmara Municipal de Coimbra, o «dono da Praça da Canção» prejudicou fortemente a Cidade de Coimbra, prejudicou a Região Centro, prejudicou a cultura. O «dono da Praça da Canção» também prejudicou de morte, o turismo...”